terça-feira, 26 de abril de 2011

Harmonica + Kazoo

Buenas leitores?

Uma brincadeirinha com resultado legal:

da até um drivezinho.

sábado, 23 de abril de 2011

Marion Walter Jacobs

Beunas Leitores?

Little Walter:
1 de Maio de 193015 de Fevereiro de 1968



E aqui, Ivan Márcio interpretando My Babe no programa Blues no País do Samba na TV Cultura:


Mais tarde pretendo postar todos os vídeos desse programa aqui no Blog

terça-feira, 19 de abril de 2011

Adam Gussow

Buenas leitores ?

Há um bom tempo atrás no Blog do Clube da gaita, o André fez uma entrevista com o gaitista norte-americano Adam Gussow, e como o blog do clube ta parado, vou importar a entrevista pra cá.

Este é Adam Gussow:

Músico e professor Norte Americano, ficou famoso mundo afora pelo seu canal no Youtube, onde ensina muitas e variadas técnicas de gaita de boca diatônica.

1. Como e quando começou a tocar a harmônica?

Iniciei no fim do meu “ensino médio” quando tinha 16 anos. Todos em minha escola adoravam a música Whammer Jammer, tocada por Magic Dick da J. Geils Band. Eu me dirigi ao shopping Center local e comprei uma gaita Marine Band em dó (C) e outra em lá (A) e decidi que iria aprender sozinho como tocá-las.

2. Você participou de algum curso ou iniciou sozinho?

Até 1985 eu não tive professor algum, quando eu me juntei a um músico de Nova York chamado Nat Riddles. No início, tudo que eu tinha eram minhas gaitas e alguns álbuns de bons músicos, como Sonny Terry, Paul Butterfield, Paul Oscher (em um disco chamado “Mississipi Mandolin” de Johnny Young), a banda The Clímax Blues Band (cujo gaitista não recordo o nome ... [Collin Cooper] ), outros álbuns de J. Geils, Sonny Boy Williamsom (Rice Miller...aquele com os Yardbirds). Eu comecei a tocar violão e guitarra por volta da mesma época, então passei metade de meu tempo copiando melodias de gaita destes discos e a outra metade do tempo copiando temas de Eric Clapton, B. B. King, Joe Pass (eu amava tanto jazz quanto blues), Kenny Burrell, Albert King, Fredie King, The Allman Brothers, etc.

3. Que harmonicistas foram suas maiores influências?

Bem, meu professor, Nat Riddles, foi uma grande influência em todas as formas. Me ensinou muito sobre bloqueio de língua. Ele exigiu que eu escutasse Kim Wilson, Big Walter Horton, Sugar Blue. Seu vibrato era o melhor que eu jamais havia ouvido, e ele tinha um incrível senso de “swing”. Ele mantinha um tempo muito sólido, mas podia mudar os tons antes ou depois da batida de uma forma incrível, e eu estudei aquilo. Em termos de músicos que contribuíram para a sonoridade que tenho atualmente, James Cotton (timbre magnífico e “swing” explosivo), Sugar Blue (padrões de tercina muito rápidos), Paul Butterfield (padrões de tercina rápidos), John Lee Wiliamson (ele é a raiz), Big Walter Horton (ótimas notas de blues e toca muito). Eu roubei algumas melodias de Little Walter, claro, mas eu também tentei modelar minha própria sonoridade independente da dele, uma vez que muitos outros músicos se perdem em seu som e acabam por nunca encontrar seu próprio som. Eu gosto muito da tocada do Kim Wilson, entretanto, seu vocal não mexeu tanto comigo como, por exemplo, o de Junior Parker ou Lou Rawls. Eu adoro a tocada de William Clarke em “Blowing Like Hell”, mas não me moldei na tocada dele, não conscientemente pelo menos. Mas eu preciso adicionar algo importante, somente metade do que eu toco na gaita pode ser rastreado como influência de outros gaitistas. Muito do que eu faço foi inspirado em saxofonistas e guitarristas. Uma vez que eu aprendi a fazer “overblow” com William Galison em 1987, me peguei muito menos interessado no que outros gaitistas estavam fazendo, se não estivessem utilizando a técnica do “overblow”, ele soavam muito antiquados para mim! Neste ponto, eu passei a maior parte de meu tempo copiando saxofonistas e muito pouco tempo copiando gaitistas. Minhas principais influências no sax foram Houston Person, Hank Crawford, Maceo Parker, King Curtis, Arnett Cobb e Willis “Gator Tail” Jackson.

4. Você crê que a internet pode ser utilizada de forma efetiva a encorajar as pessoas a tocar gaita?

Eu penso que tornou muito mais fácil para harmonicistas iniciantes sentir do que se trata a gaita blues. Mas não, eu acho importante as que as pessoas vejam gaitistas tocando cara a cara, não somente um vídeo ou áudio. Eu cheguei ao ponto de ir assistir cada gaitista que foi tocar em Nova York entre 1985 e 2002, quando lá morei.

5. Você conhece o trabalho de gaitistas Brasileiros?

Não, na verdade não. Muitas pessoas direcionaram minha atenção à gaitistas do Brasil, mas tenho a vergonha de dizer que não me recordo seus nomes! Isso soa terrível, peço desculpas! Eu devo dizer que como um músico Norte Americano, a música brasileira me impressiona muito como um todo. Claro, morando em Nova York eu tive a chance de assistir alguns músicos brasileiros em turnê, incluindo Tânia Maria (de perto em um barco que navegava pelo porto) e vários grupos de capoeira. Há uma sensação doce e amarga com relação à qualidade da música brasileira, mais doce que amarga, extremamente doce e sentimental em alguns casos, mas com uma complexidade poderosa de ritmo por trás disso, o que me lembra de certos tipos de blues e “rhythm and blues”.

6. Você conhece alguma marca brasileira de gaitas, se sim, quais suas impressões sobre.

Eu creio que Hering vem do Brasil, mas não tenho certeza. Eu sou um usuário Hohner e basicamente ignorante sobre a grande variedade de gaitas que os gaitistas utilizam nos dias atuais.

7. O que você acha da técnica do cromatismo da gaita diatônica?

Como disse antes, eu sou um utilizador da técnica desde 1987. Naquela época, eu conhecia somente uns quatro gaitistas que lançavam mão de “oveblows”, Howard Levy (claro, nosso Deus), Carlos Del Junco (meu amigo de muitos anos), William Galison (ele tocava bem a diatônica, mas é um gênio da cromática), e eu. Carlos e eu fomos os únicos dois gaitistas a gravar ativamente no final dos anos 80 e início dos anos 90 e que tocavam blues amplificados utilizando a técnica do “overblow” (caso esteja errado, por favor me corrija – me orgulho de ser um bom historiador). Mas agora, claro, a técnica se tornou muito mais popular, entretanto alguns dos gaitistas tradicionalistas não utilizam a técnica, pois nenhum dos gaitistas “clássicos” a utilizaram. Mas e daí? Vivemos hoje, não antigamente. Para mim, é meu dever e responsabilidade dos gaitistas de blues contemporâneos utilizarem as técnicas atuais que estão à sua disposição em um esforço para trazer o blues para a era moderna. A música somente sobrevive se músicos se responsabilizam por: a) Aprender do tradicional e b) Trabalhar para atingir um novo e distinto som. Todos os blues que hoje chamamos de “clássicos”, como Juke de Little Walter ou Three O` Clock in the Morning de B. B. King, que foram que foram muito novas e modernas quando lançadas pela primeira vez. Eu acredito que meu bom amigo Jason Ricci é o melhor exemplo de um músico contemporâneo de blues que está “fazendo nova música” à sua maneira. E claro, é um “overblower”.

8. Você tem planos de visitar o Brasil e fazer alguns shows?

Eu ADORARIA visitar o Brasil, tocar um pouco, dar palestras e ensinar gaita, e claro, tocar com alguns músicos brasileiros. Minha esposa quer vir junto! Mas eu não tenho planos de visita no momento, a menos que algum promotor esteja disposto a encarar o projeto e me levar. Eu tenho certeza que irá acontecer nos próximos 5 a 10 anos, no entanto.

9. Qual seu modelo favorito de gaita?

Eu toco a Hohner Marine Band há 33 anos.

10. Você vive de sua música?

Não, mas provavelmente poderia, sou professor de Inglês e estudos sulistas na Universidade do Mississipi em Oxford, sendo assim, tenho estabilidade e um emprego pela vida toda e não posso ser realmente ser despedido. Esta é a coisa mais distante de ser um músico, que está constantemente preocupado em ganhar dinheiro. Então de alguma forma, após gastar muitos anos de minha vida ralando para sobreviver como músico e professor de música, eu finalmente consegui me firmar, e agora estou curtindo a vida. Eu provavelmente não poderia dar tantas lições grátis no Youtube caso meu cargo de professor interino não me sustentasse.

11. Por último, mas não menos importante, gostaria de dizer algumas palavras de encorajamento aos gaitistas brasileiros que estão aprendendo através de seu canal?

Sim. Encontrem seu próprio som. Eu tenho certeza que é tentador, como um gaitista brasileiro, utilizar os melhores gaitistas Norte Americanos como medida de seu estilo e habilidades. Mas vocês podem ser melhores que isso. Descobrir o que é o Blues Brasileiro. Eu acredito fortemente que a música muda quando as pessoas têm a coragem de assumir riscos em nome da inovação. Uma das mais conhecidas músicas de blues Norte Americanos é “St. Louis Blues” de W. C. Handy, mas a verdade é que a ponte que foi criada por Handy, ao visitar Havana em Cuba, ela tem um “sabor” latino. Quando eu finalmente visitar o Brasil, espero que os gaitistas brasileiros me mostrem um pouco do “sabor” nativo ao som, acompanhado de adições melódicas e harmônicas ao repertório “clássico” de gaita. Então irei aprender algo novo também.

clique aqui para ir até a postagem original no blog do Clube

créditos da entrevista ao André Ribeiro e a galera que moderava o clube na época.

Para conhecer mais sobre o trabalho do Adam: Canal dele no Youtube e o site dele Modern Blues harmonica

domingo, 17 de abril de 2011

Primeira Gaita ?

Buenas leitores?

Sempre vejo em todos os lugares e redes sociais perguntas do tipo "qual a melhor gaita pra iniciante?", "qual gaita eu compro?" e "compro a gaita mais cara ou a mais barata ?", são perguntas bem frequentes sobre gaita nos fóruns e comunidades que frequento. Indico pro pessoal que ta começando 3 gaitas... vamos a elas:

Hering Free Blues:

Essa foi uma das minhas primeiras gaitas, um ótimo custo benefício, na época por ser minha primeira gaita superou todas as minhas expectativas, eu esperava que ela durasse aproximadamente 2 meses, durou quase 5! Tocabilidade ótima e bem confortável, inclusive minha "gaita de bolso" sempre é uma Free Blues, agora que tenho mais experiência duram mais de um ano minhas free blues, até uso uma delas na banda. O preço fica em torno de 40 dilmas e é vendida em kits de 6 tons também.




Bends Prima:

Comprei uma dessas por curiosidade e para comparar com a free blues, a Prima também tem o preço em torno de 40 dilmas, confesso que fiquei um pouco decepcionado com essa gaita, a durabilidade não chega nem perdo das outras Bends, o acabamento possui algumas falhas, cortei minha língua algumas vezes na cobertura da gaita, ela veio de fabrica com as palhetas muito altas impossibilitando a maioria dos bends (dizem que as palhetas vem assim para os iniciantes não desafinarem a gaita tão rápido com o sopro muito forte), depois de vedada e com palhetas bem reguladas a gaita apresentou uma melhora de 100% em relação a timbre e volume. As Primas são vendidas em kits também, mas com apenas 5 gaitas por kit.

Hohner Blues Band:

Não comprei uma destas ainda, acho que não vale o investimento, apesar de ser Hohner é chinesa... O preço dela fica em torno de 20 dilmas ( é legal pra comprar e dar pro sobrinho chato ), eu não vi por aqui ainda, mas também é vendida em kits com 7 gaitas.

Update Hohner Blues Band*: " Essa é a gaita que eu sempre recomendei quando dava aulas (fiz isso por 7 anos). Tem um som mais xôxo como diz o colega acima, mas quando se está iniciando isso é detalhe pequeno. Ela tem buracos mais quadrados pra facilitar a embocadura, é resistente aos sopros mais descuidados e é baratíssima. Depois que a pessoa aprende a fazer direito, consegue tirar um delicioso timbre dela, que não fica a dever pras tops." Luciano Blues.

Obrigado pelo depoimento Luciano, como eu disse, não experimentei uma dessas ainda.

O Caio do Gaita e Poesia posta reviews ótimos sobre as gaitas no blog, então quem quiser umas informações mais detalhas só chegar por lá. E tu pode encontrar as gaitas na Harmonica Master.



sábado, 16 de abril de 2011

Harp Talk Thursday...

Buenas leitores?!

Este é Ronnie Shellist:

Esse é um video que ta rolando pelo nosso querido YouTube desde 2006, é um dos primeiros videos que aparecem na busca por "harmonica blues". O cara já abriu show pro BB king, é de se respeitar e por muito tempo ele apenas dava aula por skype e cobrava por isso 10 Obamas hora, mas sempre continuo postando videos no YouTube e mais recentemente ele lançou o "Harp Talk Thursday", uma vez por semana ele responde os comentários da galera do youtube e da pequenas aulas sobre musicas e licks na gaita.

A página dele no YouTube: Harmonica123

sábado, 9 de abril de 2011

Limpeza da Gaita

Bom, tentando manter a meta de pelo menos um post por semana... vamos ao dessa!

Depois de um bom tempo tocando a mesma gaita todo dia podemos perceber a formação de "crostas de baba" no orifícios da gaita (nada bonitos de ver...) e esses resíduos acabam muitas vezes entupindo a gaita, que gera uma certa dor de cabeça no pessoal .

Vamos ao processo: Eu sempre uso uma escova de dentes velha, daquela que já ta bem amaciada pra tirar a parte mais grossa da "craca" e depois de desmontada a gaita uso uma solução de 10% vinagre e 90% água em um copo e coloco as placas de vozes dentro e deixo por uns 15min, depois de retiradas as placas da solução devem ser secadas cuidadosamente! E aí é só remontar a gaita e continuar com os sopros!

Segue um Passo-a-passo:






ps: A qualidade das fotos ta ruim, mas da pra perceber a diferença da 1° pra 3° foto...

Logo mais escrevo um post sobre vedação e com fotos melhores ;)

Bons sopros!

domingo, 3 de abril de 2011

Volume ?

Seguindo o conselho do Caio (Gaita e Poesia ) voltarei a postar no blog...

Muitos reclamam do volume da gaita, dizem que é muito "baixo" ou que a gaita não tem "presença". Isso tudo por ser resolvido com regulagens básicas na gaita e algumas customizações.


Devidamente vedada (cera de abelha) e com a parte de trás aberta (na base da martelada... isso mesmo, MARTELO!, leva algumas gaitas até tu atingir um visual assim bonitinho.) pra maior volume

"out of box".

São todas customizações básicas que todo gaitista deve saber fazer.